Pescadores são orientados para preservação de espécie ameaçada de extinção


Aproveitando o período de veraneio, a equipe do Projeto Meros do Brasil está desenvolvendo nova campanha de orientação na faixa litorânea da região norte de Santa Catarina. Cartazes com imagens de exemplares adultos e de filhotes do peixe, que é considerado o ‘senhor das pedras’, estão sendo distribuídos para pescadores artesanais e, também, junto aos visitantes que praticam a pesca esportiva, buscando com isso sensibilizar para a preservação da espécie.

Conforme o professor-doutor Maurício Hostim, coordenador do Projeto Meros do Brasil, na fase juvenil (filhotes) o pescado é parecido com outros tipos de peixes e pode ser capturado por engano. Com a divulgação das fotografias, os especialistas acreditam que haverá mais chances de evitar a pesca ilegal, em função do mero estar incluído no rol de espécies sob proteção.

Pioneira no Brasil, a iniciativa busca estabelecer uma radiografia da situação existente da população desta espécie que habita as águas marítimas da região Sul do País. Um mapa dos locais passíveis de reprodução, subsidiado por informações de pescadores e praticantes da pesca subaquática, pretende revelar a atual situação da espécie na região. Este projeto tem a participação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), da Organização Não Governamental Vidamar e da Empresa de Mergulho Sub-Marine, além de ter o patrocínio da Petrobras Transporte - Transpetro, em São Francisco do Sul.

Vivendo em ambientes que podem chegar a 100 metros de profundidade, o mero - em tupi-guarani Epinephelus itajara - concentra-se perto da foz de grandes rios e tem como principais alimentos lagostas, polvo e outras espécies de peixes. Chegando a viver até 40 anos e podendo atingir até dois metros de comprimento, no período fértil o mero reproduz próximo a recifes, ilhas e costões rochosos, o que justifica o seu título de “Senhor das Pedras”.

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